biografia

A música sempre foi muito importante para mim e sempre tive vontade de compor. Como não tenho formação musical, flertei com a música de forma despretenciosa para digamos, completar a sensação que eu não consigo encontrar na pintura, na gravura e nas ilustrações. 

Em 2007, morava em um pequeno apartamento em Curitiba e estava sempre dedilhando um violão velho com um braço colado que nunca aceitava uma afinação. Tinha gravado alguns esboços de músicas com um microfone ruim, onde o chiado produzido era digno de um experimentalismo vanguardista da cena noise.
Comecei a usar alguns programas de edição de sons e manipular efeitos, misturando tudo o que tinha de ideias na época e muita de vontade de fazer música, assim nasceu o primeiro disco da The Baltucz Band. O estilo das músicas flerta com o electro, noise pop, experimental, shoegaze, entre outros. Mas a banda propriamente dita foi inventada quase por acidente. No início, estava compondo as faixas para serem usadas em uma animação que tinha planos de fazer. Estava trabalhando com o adobe flash e estava curioso para ver resultados com alguns personagens que vinha desenhando há bastante tempo. Baltucz, o garoto que é quase um alter ego e seu gato Xícara (que melhor nome para um gato?!), apareciam em algumas tiras e cadernos de desenhos meus.

Como não tinha pensado em diálogos dos personagens, a primeira ideia foi usar uma trilha sonora para a animação. Meses depois, não tinha feito ainda a animação, mas tinha já muitas músicas lançando o primeiro álbum no antigo site Myspace, onde na época por algum motivo insólito a página teve mais de 50 mil acessos. Nos meses seguintes os álbuns se multiplicaram, fui trabalhando mais nas composições e comecei a disponibilizar tudo gratuitamente pelo blog fritzlounge. Neste blog, há pseudo-entrevistas com os personagens brincando com a realidade e ficção sobre o processo de gravação dos discos. Até agora (em 2017), a banda conta com 66 álbuns gravados, incluindo EPs e coletâneas. Um número para dar inveja até ao Chico Buarque (Chico, desculpe!😎 ).

Em 2008, uma das músicas da banda foi escolhida para a trilha sonora de um filme sobre a nova tecnologia da Philips. Em 2010, outra composição foi usada num curta ainda em produção, chamado "Por onde andará Chapeuzinho Vermelho?", de Luiz de Nadal. Neste tempo, a banda virou tiras, camisetas, canecas e até tema para festa de aniversário.

Os últimos discos da banda foram trabalhados lentamente. Café com Guitarra e o Lado B, ambos de 2011, foram trabalhos de dois anos. Como o projeto da banda é para ser virtual, ainda não houve nenhuma apresentação ao vivo, o que pode mudar em breve. 

Seja bem-vindo(a) e espero que tenha boas sensações escutando um pouco deste trabalho que tenho realizado ao longo desses 10 anos. 

Fabio Dudas

2018

soundcloud.com/baltucz

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